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Belgo Arames
Publicado por: Belgo Arames
Muro de arrimo: conheça 5 tipos e suas aplicações

Os muros de arrimo são estruturas fundamentais que garantem a estabilidade e a segurança de terrenos e edificações com elevado grau de instabilidade. Seu objetivo é evitar o deslocamento indesejável de terra, prevenindo ainda erosões e desmoronamentos de taludes sobre casas, edifícios, hospitais, escolas e estradas.

Os muros de arrimo também podem ser utilizados para o aproveitamento de novas áreas em terrenos acidentados. Essas áreas podem ser usadas para estacionamentos, locais de convívio e jardins. 

Existem vários tipos de muros de arrimo, cada um com suas características e indicações específicas. Continue a leitura e conheça os principais, com destaque para o muro de gabiões, que tem sido amplamente utilizado nos últimos anos por sua eficiência e versatilidade.

O que é muro de arrimo?

O muro de arrimo é uma estrutura de contenção de engenharia. Ele é devidamente projetado para suportar esforços mobilizados pelo próprio peso do solo, muitas vezes saturado de água, além de outras sobrecargas adicionais que possam existir sobre ele, como o tráfego de veículos.

Essas estruturas são usadas em diferentes situações, como contenções em rodovias próximas a taludes, em que o material deslizante pode causar acidentes e impedir o tráfego, além de provocar danos materiais. Ainda, podem ser utilizadas para a regularização de terrenos e para a concepção de edificações, indústrias e galpões, que necessitam de uma maior área de apoio. 

O muro de arrimo também é útil em aterros sanitários, pois em função do volume de resíduos, eles geram pilhas de rejeitos. Nesse contexto, é essencial implementar contenções específicas e sistemas eficientes de drenagem no local de disposição dos resíduos.

Outro bom exemplo é o seu uso em contenções próximas a ferrovias, para possibilitar a estabilidade da via férrea em áreas onde a topografia apresenta desafios, especialmente considerando as peculiaridades do terreno destinado à construção da ferrovia.

Nas palavras de Denise M. S. Gerscovich, em seu trabalho sobre estruturas de contenção, os muros de arrimo são “estruturas monolíticas de contenção com parede vertical ou quase vertical, apoiadas em fundação rasa ou profunda. Podem ser construídos em alvenaria (tijolos), pedras, concreto (simples ou armado) ou, ainda, de elementos especiais”.

O projeto e a execução desse tipo de estrutura trata-se de uma solução que sempre é empregada quando é necessário garantir a segurança e a estabilidade da edificação a ser concebida, seja em obras de infraestrutura ou edificações habituais. Esse sistema construtivo é projetado para garantir a firmeza e conter relevos naturais, especialmente em solos com alta probabilidade de ruptura.

A falta de um planejamento urbano pode gerar construções não regulares em locais inadequados. Nesse cenário, a ausência de recursos e o desconhecimento da população sobre edificações em áreas impróprias muitas vezes resultam na omissão de estruturas de contenção. Como consequência, podemos observar movimentos significativos e deslizamentos de terra, o que contribui para desmoronamentos e tragédias, especialmente em áreas urbanas.

Assim, o meio ambiente também pode sofrer com a falta de infraestrutura básica. Também precisamos destacar a concepção de estruturas precárias nesses locais, devido à possibilidade da ocorrência de severos impactos ambientais. A perda de patrimônio, os prejuízos financeiros e o risco de vida são as principais consequências dessa situação.

Em que consiste o empuxo de terra?

O principal fator que exerce influência na ruptura dos muros de arrimo é o empuxo do solo. Trata-se de uma força do solo que resulta em esforços horizontais internos contra a face do muro que o contém. Caso esse esforço seja maior que a resistência do muro, ele poderá cair, tombar ou escorregar. 

Os engenheiros civis geotécnicos são os responsáveis pelo projeto desse tipo de estrutura, e sua principal preocupação é sempre minimizar os efeitos instabilizantes dos muros. Existem três tipos de condições de aplicação do empuxo em estruturas de contenção de solo:

  • ativo — distensão que o solo sofre quando reage com a estrutura. É o esforço desenvolvido pelo terreno sobre a estrutura de contenção;
  • passivo — nessa situação, é a estrutura de contenção que atua sobre o terreno, causando uma compressão no maciço. É a tensão limite que a estrutura gera em relação à tendência de movimentação para comprimir o terreno horizontalmente;
  • em repouso — a massa do solo se mantém em perfeito equilíbrio; em geral, relaciona-se com a continuação do maciço em todos os sentidos, evitando, assim, as deformações.

Quais são as categorias de muros de arrimo?

Existem algumas categorias de muros de arrimo. Por exemplo, há os muros de gravidade, os de flexão (concreto), os de solos de aterro reforçado e os de solos grampeados ou atirantados. Saiba mais sobre algumas dessas classificações.

Muro de arrimo de gravidade

O muro de arrimo de gravidade é aquele que sustenta os empuxos horizontais por meio de seu próprio peso. Ou seja, baseia-se no princípio da gravidade.

Dessa forma, ele consegue alcançar o equilíbrio de esforços em relação às demandas de tombamento e deslizamento, além da ruptura estrutural.

Provavelmente, as estruturas de arrimo por gravidade são as mais antigas da humanidade. Desde o Egito Antigo, existe o histórico de muros com grandes pedras para a contenção de solos.

Esse tipo de estrutura caracteriza-se pelo seu baixo custo, com pouca necessidade de especialização da mão de obra, sendo utilizado em larga escala hoje no Brasil. Em caso de muros na beira de córregos e rios, a capacidade de eles resistirem aos esforços hidráulicos é ainda mais necessária. 

São alguns tipos de muros de arrimo:

  • muro de alvenaria estrutural;
  • muros de pedras argamassadas;
  • muros de gabiões;
  • muros de concreto ciclópico;
  • muros de sacos de solo-cimento ou areia;
  • muros de blocos de concreto segmentados.

Muro de arrimo de flexão

Esse tipo se difere do muro de gravidade porque faz uso da flexão para opor resistência aos esforços do empuxo horizontal. É uma estrutura mais esbelta que, geralmente, apresenta formato em “L” ou “T”.

Alguns muros dessa categoria têm sistemas estruturais que funcionam de forma parecida com os muros comuns. O sistema estrutural é formado pela fundação (infraestrutura), pilares, alvenaria de vedação e vigas (superestrutura).

Os muros de flexão apresentam materiais de maior resistência e contam com barras de aço inseridas no concreto. A presença do concreto armado assegura uma maior capacidade de suportar os esforços de empuxo do terreno, proporcionando maior inércia e estabilidade à estrutura.

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Por outro lado, o concreto armado encarece consideravelmente o processo em estruturas mais altas, em que esses muros podem receber ancoragem de tirantes ou chumbadores para reduzir as deformações. Em linguagem técnica, o nome dado é “muro de concreto armado atirantado”. Os principais tipos de muro de arrimo de flexão são:

  • muro de alvenaria estrutural com fundação profunda;
  • muro de concreto armado de flexão simples;
  • muro de concreto armado de flexão com fundação profunda.

Quais são os tipos de muros de arrimo?

Existem diferentes tipos de muros de arrimo. Vamos considerar os cinco mais importantes, que são alvenaria de pedra, concreto, gabião, bloco armado e contraforte. Alvenaria de pedra e gabião são muros de gravidade. Concreto, bloco armado e contraforte são muros de flexão. Veja mais a seguir!

1. Alvenaria de pedras

O muro de alvenaria pode ser feito com blocos de pedra dispostos em fundação de concreto armado ou argamassa.

Pode ser construído com o empilhamento manual de pedras, para que o muro obtenha mais resistência com a aderência entre elas. É indicado principalmente para desníveis pequenos que alcançam até três metros de altura.

A alvenaria de pedras é uma construção que envolve custos baixos e fácil execução. Precisa de sistema de drenagem para que as águas pluviais não causem pressões em excesso.

2. Concreto

Esse tipo de muro é feito totalmente em concreto armado (desde a fundação até as paredes). É usado em obras de infraestrutura e em contenções prediais comerciais e residenciais.

Consiste em uma estrutura mais leve e esbelta, o que permite construir muros com pouca deformação.

O muro de concreto precisa ser executado com cuidado, com as caixarias bem-feitas e fixas para o preenchimento posterior do concreto, que deve ser bem lançado e vibrado.

É uma construção um tanto mais cara e demorada, mas com excelente estabilidade. Podemos considerar ainda as seguintes desvantagens: necessidade de mão de obra qualificada, geração de maior quantidade de resíduos durante a construção e o fato de não ser uma estrutura drenante.

3. Gabião

O muro de gabião é constituído por gaiolas de telas galvanizadas compostas por um arame altamente resistente à corrosão, tendo em sua composição revestimento em zinco e alumínio e em seu núcleo o aço carbono.

Esse arame é industrializado e forma uma malha com duplas torções, preenchidas com pedras de mão. Se algum arame se romper, a dupla torção dos elementos mantém a resistência mecânica da malha e absorve as deformações.

O arame recebe proteção de galvanização dupla e, em alguns casos, quando utilizado em obras com presença hidráulica, é necessário o revestimento em PVC. Essa solução apresenta grande utilidade contra as intempéries, as sobrecargas, as águas e os solos mais agressivos.

Esse tipo de muro é entregue na obra em módulos de diversas dimensões, com variações entre comprimento, largura e altura. Após o devido preenchimento em agregados tipo rachão, as caixas são amarradas e unidas por meio de arames galvanizados em todas as suas faces, garantindo um comportamento monolítico, melhor estabilidade e segurança ao muro em relação à gravidade.

O gabião é usado especialmente em obras de infraestrutura, mas também é útil em obras de contenção em construções civis. É uma estrutura drenante e permeável, flexível (consegue suportar pequenas deformações) e sustentável, pois causa baixo impacto sobre o meio ambiente e possibilita o reflorestamento. Além disso, não requer maquinário sofisticado nem mão de obra demasiadamente qualificada para sua execução.

Entre suas desvantagens, podemos citar: ocupação de maior espaço físico, custos das pedras de preenchimentos potencialmente altos em áreas sem pedreiras próximas e tempo de execução maior em casos com pouco espaço disponível. O muro de arrimo de gabião não é recomendado para alturas acima de cinco metros.

4. Bloco armado

É um tipo de muro de arrimo de fácil e rápida execução, que envolve menores custos financeiros. É muito usado na contenção de obras prediais, sejam comerciais ou residenciais.

É uma opção indicada para o muro de concreto armado convencional. Porém, diferentemente dele, envolve muitos blocos de concreto armado para formar a estrutura.

Contudo, é uma estrutura não drenante, recomendada somente para muros de baixa altura. Em muros mais altos, essa estrutura depende de integração com elementos de reforço, como armações e geossintéticos, para garantir resistência aos esforços.

5. Contraforte

O contraforte é um muro de arrimo utilizado em grandes alturas. Assemelha-se ao muro de concreto armado, mas apresenta contrafortes no comprimento.

Os contrafortes são paredes feitas de concreto erguidas perpendicularmente ao muro para conferir maior rigidez à estrutura. Geralmente, eles são espaçados em aproximadamente 70% da altura do muro.

Por meio de suporte técnico, a Belgo Arames ajuda o cliente a escolher a melhor solução de muro de arrimo, conforme as suas necessidades. Nossos produtos são de alta qualidade, cumprem todas as normas relacionadas e garantem alto desempenho. Para adquiri-los, você tem diferentes canais à sua disposição: área comercial, representantes da empresa, redes sociais e telefone (opção de WhatsApp).

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2 thoughts on "Muro de arrimo: conheça 5 tipos e suas aplicações"

  1. Tiago disse:

    Excelente conteúdo!

  2. Gustavo disse:

    Conteúdo bem completo, parabéns!

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