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Publicado por: Belgo Arames
Gabião no paisagismo: agregue beleza e funcionalidade ao meio ambiente!

Muito utilizado em construções, obras geotécnicas de contenção e estruturas hidráulicas, os gabiões vem ganhando espaço também em projetos arquitetônicos e paisagísticos. Além de o seu uso prover um ar de contemporaneidade, essa estrutura armada também apresenta diferentes funcionalidades e vantagens. Mas, claro, para que tudo isso saia conforme planejado e esperado, é preciso ter uma série de cuidados, desde a hora da montagem até a sua manutenção.

Conversamos com o gerente de negócios da Belgo Arames, o engenheiro Gelmo Chiari Costa, para responder às principais dúvidas sobre o gabião em obras paisagísticas e na arquitetura em geral. Continue a leitura e descubra como utilizar esse material e quais são suas principais vantagens e funcionalidades!

O que é o gabião?

Gabiões são cestos, ou gaiolas, aramadas que, unidos entre si, constituem estruturas de contenção de solos e ou de proteção contra erosão. Essas gaiolas feitas de arames de aço com galvanização especial (ligas de Zinco e Alumínio em elevada gramatura) e formam uma malha hexagonal com envolvimento de uma dupla torção dos fios a cada malha industrialmente tecida. 

Menos empregados na América Latina, também existem os gabiões de malha soldada. Numa ou noutra concepção de malhas, gabiões são estruturas de geometria larga, construção simplificada mas laboriosa e que se estabilizam devido ao próprio peso, relativamente elevado.

Quais são as aplicações do gabião?

Os gabiões em obras geotécnicas devem ser preenchidos por pedras de elevada resistência a compressão — como granitos, calcários, basaltos, diabásios ou regionalmente por seixos, na indisponibilidade das primeiras. 

Nessas obras, é importante que tais pedras tenham dimensões superiores ao tamanho da malha do gabião e sejam oriundas de rochas rijas (duras, resistentes) e não friáveis ao esforço de abrasão e ao contato permanente com água, esclarece Gelmo.

Já em obras arquitetônicas e nos projetos paisagísticos, estruturas de gabiões podem ganhar uma diversidade enorme de texturas, cores, tonalidades e efeitos, justamente por meio da exploração do material de preenchimento. 

Pedras regionais e, até mesmo, outros materiais, como tocos de madeira, garrafas de vidros, resíduos, podem constituir os materiais de enchimento dessas estruturas aramadas, personalizando-as conforme a finalidade pretendida. 

Gelmo exemplifica essa questão citando projetos arquitetônicos de elevado requinte, — executados na região metropolitana de Belo Horizonte, no Quadrilátero Ferrífero —, com gabiões parcialmente preenchidos por pedras oriundas de canga de minério de Ferro. 

Até mesmo lojas ou escritórios comerciais podem ganhar estruturas de gabião dando uma “roupagem” às paredes divisórias de ambientes. Nesse sentido, as funções e os atributos do gabião assumem relevância distinta, de acordo com o tipo de obra. 

Na geotecnia, facilidade construtiva, paramento drenante, flexibilidade às deformações e durabilidade são aspectos preponderantes, pois jogam a favor da estabilidade das estruturas. Nas obras arquitetônicas e paisagísticas, além dessas características, somam-se integração com o meio ambiente e aspectos de ordem estética. 

Gelmo ilustra essa amplitude funcional citando uma aplicação no urbanismo — em que os muros de gabiões podem ser concebidos como estruturas longilíneas dispostas paralelamente às vias de trânsito intenso, com objetivo de barreira sonora. 

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Na Europa, notadamente na Alemanha, muros de gabiões podem ganhar o isolamento acústico como funcionalidade adicional, gabiões no contexto de ferramentas urbanas. Nesses casos, emprega-se técnicas específicas de preenchimento central da estrutura de gabião com materiais capazes de bloquear os ruídos gerados pelos veículos nas vias, assegurando maior conforto acústico para as ocupações além dessas barreiras. 

Como usar o gabião no paisagismo?

gabião do paisagismo

No paisagismo, os gabiões podem assegurar a contenção de jardins, áreas gramadas, ou mesmo no revestimento de canais e delineamentos de lagos, por exemplo. Nesses casos, os gabiões podem contribuir para o controle da erosão do solo e, associado a outros elementos, ajudam na retenção de sedimentos. 

Extrapolando os usos mais comuns, gabiões podem ser usados como muros divisórios, também conhecidos como gabion walls. “Para essa aplicação, temos uma estrutura mais estreita. Além da baixa espessura, são empregados painéis bilaterais intercalados com postes, como se fosse um muro mesmo”, detalha Gelmo. 

Para um efeito estético mais agradável, uma dica é utilizar pedras de cores diferentes a fim de criar um efeito decorativo no jardim. Gabion walls podem ser usados em entradas de condomínios, em praças e para a setorização de jardins em geral.

Outra forma interessante de aproveitar o gabião no paisagismo é usá-los como base de bancos e pórticos. Tais estruturas dão a sensação de intervenções mais sutis e naturais aos jardins, favorecendo a harmonização do gabião enquanto parte daquele ecossistema. 

Afinal, esse elemento permite que plantas se desenvolvam entre as pedras, por meio do acúmulo lento de terra entre elas. Essa é uma consolidação que ocorre ao longo dos anos aumentando a vida útil dessas estruturas de pedras.

Quanto às desvantagens dos gabiões, uma delas se deve ao fato de serem estruturas com vazios, que podem alojar pragas urbanas como roedores e insetos cuja incidência, controle e riscos precisam ser devidamente ponderados para o local da obra em questão.

O que é importante saber sobre a execução do gabião?

Se você optar por preencher o gabião com pedras, é importante escolher aquelas que não desmanchem com pequeno esforço e que tenham um tamanho que não permite elas passarem por dentro da malha dos fios de aço. Quanto melhor for o encaixe entre as pedras, menores serão os vazios deixados, e maior será a qualidade da estrutura do gabião para fins estruturais.

Durante a operação de enchimento das caixas de gabiões, a cada terço preenchido com as pedras justapostas, procede-se com a instalação de tirantes aramados unindo a face do tardoz à frente da caixa. Isso evita que ocorra sua deformação excessiva.

Para assegurar o aproveitamento da característica estrutural 100% drenante do muro de gabião, um geotêxtil não tecido deve ser aplicado no tardoz do muro — o qual tem função de filtro. Assim, o geotêxtil evita a movimentação de finos de solo para o interior do gabião, preenchendo todos os vazios entre as pedras. 

A colmatação (entupimento dos vazios), tanto do filtro quanto do interior do gabião, é prejudicial à condição drenante do muro — o que causa elevação da pressão sobre a estrutura.

Gelmo alerta que obras de responsabilidade estrutural demandam projetos executivos suficientemente detalhados, que partem de investigações das condições do terreno onde os gabiões serão assentes. Nessas obras, é recomendável a contratação de Gabionistas — profissionais que cuidam de cada detalhe importante para o melhor desempenho das estruturas.

Se você ficou interessado em utilizar o gabião nas contenções ou nos jardins de seus projetos, pode e deve aprofundar ainda mais o seu conhecimento sobre essa estrutura. Para isso, sugiro que você leia o nosso conteúdo especial sobre Gabião: o que é, quais os tipos e com

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